sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Poluição

O que é poluição:
Dá-se o nome de poluição a qualquer degradação (deterioração, estrago) das condições ambientais, do habitat de uma coletividade humana. É uma perda, mesmo que relativa, da qualidade de vida em decorrência de mudanças ambientais. São chamados de poluentes os agentes que provocam a poluição, como um ruído excessivo, um gás nocivo na atmosfera, detritos que sujam os rios ou praias ou ainda um cartaz publicitário que degrada o aspecto visual de uma paisagem.

Poluição dos rios:

Rio Sem Poluição
Os rios são fonte de vida. Desde a Antigüidade, suas águas são essenciais para que as pessoas possam viver, bebendo, banhando-se, navegando, além de outras utilidades. Mais recentemente, até mesmo energia elétrica é produzida pela força das quedas d’água dos rios, iluminando as cidades.
Um rio sem poluição é aquele em que os peixes e as plantas crescem naturalmente, tem águas limpas e cristalinas. Sua água serve para regar plantações, tomar banhos e também para beber. Para um rio ser assim, é preciso que não se jogue lixo, nem esgoto diretamente nele.

Rios Poluídos
A poluição da água é a introdução de materiais químicos, físicos e biológicos que estragam a qualidade da água e afeta o organismo dos seres vivos. Esse processo vai desde simples saquinhos de papel até os mais perigosos poluentes tóxicos, como os pesticidas, metais pesados (mercúrio, cromo, chumbo) e detergentes .
A poluição mais comum é aquela causada pelo lixo que o homem joga nos rios. O crescimento das cidades e de sua população aumentaram os problemas, porque o tratamento de esgotos e de fossas não conseguiu acompanhar o ritmo de crescimento urbano.
Produtos químicos e sujeira dos esgotos são jogados diretamente nos rios ou afetam os lençóis d’água que formam as nascentes. O excesso de sujeira funciona como um escudo para a luz do sol, afetando o leito dos rios e seu ciclo biológico. Ou seja, as plantas e animais que nele vivem passam a sofrer problemas.

A Poluição dos Rios, A Vida das Pessoas e da Natureza
Por exemplo: o nitrogênio e o fósforo são elementos essenciais para a vida aquática, mas o excesso desses elementos, provocado pela poluição, podem causam um crescimento acelerado na vegetação aquática. Com isso, sobra menos oxigênio, podendo até mesmo matar os peixes daquele rio ou lagoa.
Talvez mais perigosa do que o lixo dos esgotos é a poluição química das indústrias, que jogam toneladas e mais toneladas de produtos químicos diretamente nos rios, sem qualquer processo de filtragem.
A exploração de ouro nos rios da Amazônia, por exemplo, usa o mercúrio para separar o ouro de outros materiais. Esse mercúrio, depois de usado, é jogado diretamente nos rios, matando grande quantidade de peixes e plantas. Com isso, nem os seres vivos dos rios podem sobreviver, nem o homem pode usar a água para beber, tomar banho ou regar plantações.



Como Contribuir Para Evitar A Poluição dos Rios
1. Não jogue lixo nas águas dos rios.
2. Não canalize esgoto diretamente para os rios.
3. Não desperdice água, em casa ou em qualquer outro lugar.
4. Observe se alguma indústria está poluindo algum rio e avise as autoridades sobre a ocorrência.



A revolução industrial e a poluição:
Foi a partir da revolução industrial que a poluição passou a constituir um problema para a humanidade. É lógico que já existiam exemplos de poluição anteriormente, em alguns casos até famosos (no Império Romano, por exemplo). Mas o grau de poluição aumentou muito com a industrialização e urbanização, e a sua escala deixou de ser local para se tornar planetária. Isso não apenas porque a indústria é a principal responsável pelo lançamento de poluentes no meio ambiente, mas também porque a Revolução Industrial representou a consolidação e a mundialização do capitalismo, sistema sócio-econômico dominante hoje no espaço mundial. E o capitalismo, que tem na indústria a sua atividade econômica de vanguarda, acarreta urbanização, com grandes concentrações humanas em algumas cidades. A própria aglomeração urbana já é por si só uma fonte de poluição, pois implica numerosos problemas ambientais, como o acúmulo de lixo, o enorme volume de esgotos, os congestionamentos de tráfego etc. Mas o importante realmente é que o capitalismo é um sistema econômico voltado para a produção e acumulação constante de riquezas. E tais riquezas nada mais são do que mercadorias, isto é, bens e serviços produzidos - geralmente em grande escala - para a troca, para o comércio. Praticamente tudo que existe, e tudo o que é produzido, passa a ser mercadoria com o desenvolvimento do capitalismo. Sociedades, indivíduos, natureza, espaço, mares, florestas, subsolo: tudo tem de ser útil economicamente, tudo deve ser utilizado no processo produtivo. O importante nesse processo não é o que é bom ou justo e sim o que trará maiores lucros a curto prazo. Assim derrubam-se matas sem se importar com as conseqüências a longo prazo; acaba-se com as sociedades preconceituosamente rotuladas de “primitivas”, porque elas são vistas como empecilhos para essa forma de “progresso”, entendido como acumulação constante de riquezas, que se concentram sempre nas mãos de alguns. A partir da Revolução Industrial, com o desenvolvimento do capitalismo, a natureza vai pouco a pouco deixando de existir para dar lugar a um meio ambiente transformado, modificado, produzido pela sociedade moderna. O homem deixa de viver em harmonia com a natureza e passa a dominá-la, dando origem ao que se chama de segunda natureza: a natureza modificada ou produzida pelo homem - como meio urbano, por exemplo, com seus rios canalizados, solos cobertos por asfalto, vegetação nativa completamente devastada, assim como a fauna original da área, etc. - , que é muito diferente da primeira natureza, a paisagem natural sem intervenção humana. Contudo, esse domínio da tecnologia moderna sobre o meio natural traz conseqüências negativas para a qualidade da vida humana em seu ambiente. O homem, afinal, também é parte da natureza, depende dela para viver, e acaba sendo prejudicado por muitas dessas transformações, que degradam sua qualidade de vida.



Para reverter a poluição nós precisamos cumprir os seguintes tópicos:
o Evitar o uso de sacos plásticos em compras pois o plástico é muito demorado para se decompor.
o Evitar comprar produtos com muitas embalagens e sim com embalagens suficientes para o produto, assim causando menos embalagens e diminuindo o lixo.
o Concertar os objetos, produtos e outros para não ter depois que jogar ele no lixo.
o Separar o "lixo" e mandar para reciclagem para depois ser utilizado por outra pessoa.
o Criar leis que multam ou penalizam as pessoas que jogarem lixo no chão, mar, rios e outros.
o Colocar em objetos como: maquina de lavar, liquidificador, ou seja, que faz barulho, um "selo ruído" para quando o consumidor for comprar o produto ele saber se ele faz muito barulho ou pouco. Assim diminuindo a poluição sonora.
o Controlar a circulação de carros e evitar sair sozinho de carro, ou seja sair em grupo para queimar menos gasolina e poluir menos o ar.





As causas da Poluição Atmosférica
Nos grandes centros urbanos e industriais tornam-se freqüentes os dias em que a poluição atinge níveis críticos.
Os escapamentos dos veículos automotores emitem gases como o monóxido (CO) e o dióxido de carbono (CO2 ), o óxido de nitrogênio (NO), o dióxido de enxofre (SO2 ) e os hidrocarbonetos. As fábricas de papel e cimento, indústrias químicas, refinarias e as siderúrgicas emitem óxidos sulfúricos, óxidos de nitrogênio, enxofre, partículas metálicas (chumbo, níquel e zinco) e substâncias usadas na fabricação de inseticidas.
Produtos como os aerossóis, espumas plásticas, alguns tipos de extintores de incêndio, materiais de isolamento de construção, buzinas de barcos, espumas para embalagem de alimentos, entre vários outros liberam clorofluorcarbonos (CFCs).
Todos esses poluentes são resultantes das atividades humanas e são lançados na atmosfera.




A emissão excessiva de poluentes tem provocado sérios danos à saúde como problemas respiratórios (Bronquite crônica e asma), alergias, lesões degenerativas no sistema nervoso ou em órgãos vitais e até câncer. Esses distúrbios agravam-se pela ausência de ventos e no inverno com o fenômeno da inversão térmica (ocorre quando uma camada de ar frio forma uma parede na atmosfera que impede a passagem do ar quente e a dispersão dos poluentes). Morreram em decorrência desse fenômeno cerca de 4.000 pessoas em Londres no ano de 1952.
Os danos não se restringem à espécie humana. Toda a natureza é afetada. A toxidez do ar ocasiona a destruição de florestas, fortes chuvas que provocam a erosão do solo e o entupimento dos rios.
No Brasil, dois exemplos de cidades totalmente poluídas são Cubatão e São Paulo.
Os principais impactos ao meio ambiente são a redução da camada de ozônio, o efeito estufa e a precipitação de chuva ácida.



Algumas medidas para solucionar os problemas da Poluição do Ar
· A existência de uma rigorosa legislação antipoluição, que obrigue as fábricas a instalarem filtros nas suas chaminés, a tratar os seus resíduos e a usar processos menos poluentes. Penalizações para as indústrias que não estiverem de acordo com as Leis;
· Controle rigoroso dos combustíveis e sobre seu grau de pureza;
· Criação de dispositivos de controle de poluição;
· Vistoria nos veículos automotores para retirar de circulação os desregulados. Nos modelos mais antigos a exigência de instalação de filtros especiais nos escapamentos;
· Aplicação de rodízio de carros diariamente;
· Incentivar as pessoas a deixarem seus carros em casa pelo menos dois dias, organizando assim, um sistema de caronas e a utilizarem mais os transportes coletivos;
· Melhoria e segurança no sistema de transporte coletivo;
· Recolhimento de condicionadores de ar, geladeiras e outros produtos que usam CFC;
· Incentivo às pesquisas para a elaboração de substitutos do CFC;
·Investimentos nas fontes alternativas de energia e na elaboração de novos tipos de combustíveis como o álcool vegetal (carros), extraído da cana-de-açúcar e do eucalipto, e do óleo vegetal (substitui o óleo diesel e o combustível para a aviação), extraído da mamona, do babaçu, da soja, do algodão, do dendê e do amendoim;
· Melhor planejamento das cidades, buscando a harmonia entre a natureza e a urbanização;
· Maior controle e fiscalização sobre desmatamentos e incêndios nas matas e florestas;
· Proteção e conservação dos parques ecológicos;
· Incentivo à população para plantar árvores;
· Campanhas de conscientização da população para os riscos da poluição;
· Cooperação com as entidades de proteção ambiental.

Biodiversidade

Pode ser definida como a variedade e a variabilidade existente entre os organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem. Ela pode ser entendida como uma associação de vários componentes hierárquicos: ecossistema, comunidade, espécies, populações e genes em uma área definida. A biodiversidade varia com as diferentes regiões ecológicas, sendo maior nas regiões tropicais do que nos climas temperados.
Impactos sobre a biodiversidade

Tanto a comunidade científica internacional quanto governos e entidades não-governamentais ambientalistas vêm alertando para a perda da diversidade biológica em todo o mundo, e, particularmente nas regiões tropicais. A degradação biótica que está afetando o planeta encontra raízes na condição humana contemporânea, agravada pelo crescimento explosivo da população humana e pela distribuição desigual da riqueza. A perda da diversidade biológica envolve aspectos sociais, econômicos, culturais e científicos.
Em anos recentes, a intervenção humana em hábitats que eram estáveis aumentou significativamente, gerando perdas maiores de biodiversidade. Biomas estão sendo ocupados, em diferentes escalas e velocidades. Áreas muito extensas de vegetação nativa foram devastadas no Cerrado do Brasil Central, na Caatinga e na Mata Atlântica. É necessário que sejam conhecidos os estoques dos vários hábitats naturais e dos modificados existentes no Brasil, de forma a desenvolver uma abordagem equilibrada entre conservação e utilização sustentável da diversidade biológica, considerando o modo de vida das populações locais.

Os principais processos responsáveis pela perda da biodiversidade são:
1. Perda e fragmentação dos hábitats;
2. Introdução de espécies e doenças exóticas;
3. Exploração excessiva de espécies de plantas e animais;
4. Uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programas de reflorestamento;
5. Contaminação do solo, água, e atmosfera por poluentes; e Mudanças Climáticas.

As queimadas

As queimadas prejudicam o solo, pois além de destruir toda a vegetação, o fogo também acaba com nutrientes e com os minúsculos seres (decompositores) que atuam na decomposição dos restos de plantas e animais.
As queimadas são severamente criticadas pelos ambientalistas por prejudicar a fertilização do solo, favorecendo a erosão, concorrendo para o assoreamento dos rios e o agravamento dos fenômenos El Ninõ. Em outras palavras, o fogo em floresta recém-derrubadas ou em florestas em pé contribui para o efeito estufa devido à emissão de dióxido de carbono, monóxido de carbono e óxido de nitrogênio.


Como evitar incêncios:
l - Fazer queimadas somente com autorização do Ibama e de forma controlada, com a construção de aceiros - barreiras que impedem a propagação das chamas. O aceiro pode ser feito em forma de vala ou limpeza do terreno de modo a obstruir a passagem do fogo
2- apagar com água o resto do fogo em acampamentos para evitar que o vento leve as brasas para a mata, causando incêndios
3 - não jogar pontas de cigarro acesas próxima a qualquer tipo de vegetação
4 - está proibido o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais


O que é proibido?

1-Fazer queimadas a menos de 15 metros dos limites das faixas de segurança das linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica;
2-numa faixa de 100 metros ao redor da área de domínio de subestação de energia elétrica;
3-numa faixa de 50 metros ao redor de unidades de conservação;
4-numa faixa de 15 metros de cada lado de rodovias estaduais e federais e de ferrovias.

Penalidades
Os infratores estarão sujeitos às penas previstas nos artigos 14 e 15 da Lei 9.605 (Lei de Crimes Ambientais). As penas podem chegar a prisão (de três a seis anos) e multas de até R$ 4.960,00. O valor será aumentado com a regulamentação da Lei, pelo Ministério do Meio Ambiente, podendo variar de R$ 50,00 a R$ 50 milhões.Na visão global, o fogo é considerado natural, pois o número de focos de calor, queimadas e incêndios nesta época de seca prolongada em todo o hemisfério sul. Fazer queimadas para uso agropecuário é uma prática cultural não só do Brasil e de difícil substituição. Caso fossem observadas as normas para queimada controlada e se a população contribuísse deixando de jogar pontas de cigarro acesas nas margens das estradas, apagassem restos de fogo em acampamentos e tivessem maiores cuidados ao lidar com o fogo, seriam menores as estatísticas.

Imagens

Desmatamento:









Mata Atlântica:











Floresta Amazônica:








Queimadas:













Vídeos

A Mata Atlântica: ao todo, são 1.300.000 km², ou cerca de 15% do território nacional, englobando 17 estados brasileiros, atingindo até o Paraguai e a Argentina. Aproximadamente 93% de sua formação original já foi devastado. A Mata Atlântica apresenta um conjunto de ecossistemas com processos ecológicos interligados. As formações do bioma são as florestas Ombrófila Densa, Ombrófila Mista (mata de araucárias), Estacional Semidecidual e Estacional Decidual e os ecossistemas associados como manguezais, restingas, brejos interioranos, campos de altitude e ilhas costeiras e oceânicas.Vale destacar ainda a existência de sete das nove maiores bacias hidrográficas brasileiras neste bioma. Sendo assim, proteger a Mata Atlântica também é proteger os processos hidrológicos responsáveis pela quantidade e qualidade da água potável para cerca de 3,4 mil municípios, e para os mais diversos setores da economia nacional como a agricultura, a pesca, a indústria, o turismo e a geração de energia.







A escassez de água doce de boa qualidade para consumo
Setenta por cento da superfície do planeta é coberta por água.
Quase toda a água que existe na Terra (97,5%) é salgada e está nos oceanos, sendo imprópria para o uso agrícola e industrial. (UNESCO)
Apenas 2,5% da água do nosso planeta é doce e a maior parte está em geleiras.
Menos de 1% de toda a água que existe é própria para consumo do homem e está nos rios, lagos e lençóis subterrâneos (difícil acesso).A água está distribuída pelo planeta de forma desigual.
Vários países da África e Oriente Médio já não tem água.






Em volta da Terra há uma frágil camada de um gás chamado ozônio (O3), que protege animais, plantas e seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Na superfície terrestre, o ozônio contribui para agravar a poluição do ar das cidades e a chuva ácida. Mas, nas alturas da estratosfera (entre 25 e 30 km acima da superfície), é um filtro a favor da vida. Sem ele, os raios ultravioleta poderiam aniquilar todas as formas de vida no planeta.


quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Números sobre desmatamento

Floresta Amazônica:
No período agosto 2002-agosto 2003, a perda de cobertura florestal apontado pelo PRODES para a Amazônia foi de 23.750 km2, o segundo maior da história.
Queimadas na Amazônia praticamente dobraram nos oito primeiros meses de 2007, em comparação com o mesmo período de 2006. Em apenas cinqüenta minutos foram vistos cinco ou seis focos de incêndio e observados, ainda, grandes áreas que já haviam sido devastadas por queimadas recentes

Mata Atlântica:
50% de espécies de árvores só são encontradas aqui. Este fenômeno, que a Ciência dá o nome de endemismo, chega a 70% no caso de espécies como as orquídeas e bromélias.
No caso da fauna, 39% dos mamíferos que vivem na floresta são endêmicos, como a preguiça (na foto ao lado). Mesmo percentual vale para a maioria das borboletas, répteis, anfíbios e aves. Mais de 15 espécies de primatas habitam a floresta, a maioria endêmica. Centenas de pesquisas procuram conhecer a biodiversidade da Mata Atlântica para melhor protegê-la. Estes estudos já revelaram que a destruição da floresta está provocando o desaparecimento de muitas espécies: das 202 espécies de animais brasileiros ameaçados de extinção, 171 são originários da Mata Atlântica
Em quase 500 anos de ocupação, o impacto da colonização, do extrativismo, da expansão das fronteiras agropecuárias e da urbanização sem controle, deixaram um rastro de destruição dramático: em 1500, os domínios da Mata Atlântica cobriam mais de 1 milhão de quilômetros quadrados (1.085.544 km2), 12% do território nacional. Em 1990, os remanescentes da floresta atingiam pouco mais de 95 mil quilômetros quadrados (95.641 km2), 8,81% da mata original. O levantamento mais recente feito em 1995 pelo Inpe – Instituto de Pesquisas Espaciais e pela SOS Mata Atlântica concluiu que cerca de 10% dos remanences foram destruídos na primeira metade da década de 90.

Os impactos ambientais causados pelo desmatamento são diversos e dentre eles está um problema ambiental bastante preocupante que é a emissão de gases de efeito estufa e a principal causa dos impactos de atividades humanas no sistema de clima é o uso de combustíveis fósseis nos países desenvolvidos. No entanto, o desmatamento está se tornando uma fonte muito importante de emissões de gases de efeito estufa. Estima-se que o desmatamento já seja responsável por 10% a 35% das emissões globais anuais, com algumas estimativas ainda mais altas. A principal fonte global de emissões por desmatamento é proveniente das florestas tropicais. O desmatamento tropical está ocorrendo a taxas crescentes e os países que mais desmatam são: (Brasil, Indonésia, Sudão, Zâmbia, México, República Democrática de Congo, e Myanmar) que já perderam mais de 71 milhões de hectares de florestas entre 1990 e 2000. Cada um destes países perdeu uma média anual de pelo menos 500.000 ha de florestas. O Brasil (com desmatamento anual médio de 2,3 milhões de ha) e Indonésia (com desmatamento anual médio de 1,3 milhões de ha) lideram a lista de destruição florestal naquele período. O desmatamento tropical e a degradação das florestas são a principal causa de perda de biodiversidade no planeta e estão contribuindo para uma extinção em massa de espécies, em um índice 100 a 1.000 maior do que o que poderia ser considerado normal no tempo evolutivo. Estima-se que as mudanças climáticas, que é uma das conseqüências do desmatamento, possam afetar os ecossistemas e as espécies de diversas maneiras e, por esta razão, já são consideradas uma ameaça adicional à biodiversidade. As florestas tropicais podem ser muito suscetíveis aos efeitos das mudanças climáticas. Serviços ambientais fundamentais em ecossistemas florestais tropicais estão em risco devido às mudanças climáticas, tal como a manutenção do ciclo das águas e o balanço de carbono na atmosfera. Isto representa uma enorme ameaça adicional à biodiversidade das florestas tropicais. Alterar a dinâmica dos ecossistemas florestais tropicais pode afetar o balanço de carbono da Terra, alterar os ciclos de água e energia e, portanto, afetar o clima. A interação entre o desmatamento e as mudanças climáticas pode levar as florestas tropicais a entrarem em um ciclo vicioso extremamente perigoso, em que, por um lado, o desmatamento representa uma fonte importante de emissões de gases de efeito estufa, e, por outro, as mudanças climáticas aumentam a vulnerabilidade das florestas tropicais aos incêndios florestais e ao desmatamento, e aceleram a conversão de florestas em ecossistemas muito mais secos e mais pobres em espécies, resultando em enormes emissões ao longo do processo. Mas não são apenas o clima e a biodiversidade que são afetados pelo desmatamento. Milhões de pessoas que vivem e dependem das florestas também são dramaticamente ameaçadas. O desmatamento em regiões em desenvolvimento como a Amazônia, está freqüentemente associado à violência e ameaças contra os povos indígenas e comunidades locais e tradicionais, que são expulsas de suas terras. O trabalho escravo ou degradante também está ligado normalmente à destruição de florestas em diversos países. O desmatamento é, portanto, um enorme problema, com sérios impactos sobre o clima, a biodiversidade e as pessoas. Ações urgentes são necessárias para combater esse mal. Para ajudar a prevenir as mudanças climáticas perigosas é absolutamente necessário que se estabeleçam medidas eficientes contra o desmatamento tropical. Isto será importante não apenas para o clima do planeta, mas também para a manutenção da biodiversidade e para o sustento e a segurança de milhões de pessoas que dependem destas florestas.

O desmatamento no Brasil

Há três importantes fatores responsáveis pelo desmatamento no Brasil: as madeireiras, a pecuária e o cultivo da soja. Como boa parte opera ilegalmente, principalmente na Amazônia, os estragos na floresta são cada vez maiores.
A Amazônia já está no seu limite de desmatamento. Se o processo de retirada de árvores de forma predatória persistir, em pouco tempo efeitos negativos começarão a ser sentidos pelo planeta, principalmente no que diz respeito ao clima.
No Brasil, os estados mais atingidos pelo desmatamento são Pará e Mato Grosso. Este último é o campeão em área desmatada, apesar de ter havido uma redução nos últimos anos.
A média de madeira movimentada na Amazônia - de acordo com um relatório divulgado pelo Governo Federal em agosto de 2006 - é de aproximadamente 40 milhões de m³, incluindo madeira serrada, carvão e lenha. Desse total, apenas 9 milhões de m³ vieram de manejo florestal (previamente autorizado).
O Brasil está se tornando em um dos maiores contribuintes para o aquecimento global do planeta. O crescente desmatamento - principalmente na Amazônia, que deixa a floresta cada vez mais seca e com menor capacidade de evaporação - ocasiona na redução das chuvas em várias regiões, afetando o clima do norte até o sul do país. Efeito semelhante já é percebido no Brasil com a retirada quase total da Mata Atlântica, que após ser dizimada afetou o microclima de várias regiões do país.
O cenário global do desmatamento se agravou muito nas últimas décadas. Além do Brasil, outros países do mundo continuam retirando área verde. A China e os EUA são alguns exemplos. Ambos utilizam termoelétricas a carvão para a geração de energia elétrica.
A desflorestação tem consequências negativas ao meio ambiente

O que é desmatamento

Desmatamento é o processo de desaparecimento de florestas e bosques, basicamente causado pela atividade humana, e principalmente devido a cortes realizados pela indústria madeireira, assim como para a obtenção de solo para cultivos agrícolas. Mas também há outras agressões, como a chuva ácida que compromete a sobrevivência das florestas e que pode ser controlada através da cobrança de requisitos de qualidade para os combustíveis, como a limitação do conteúdo de enxofre, e que é um problema típico dos paises desenvolvidos. Nos países menos desenvolvidos, as massas florestais são reduzidas ano após ano, enquanto que nos países industrializados acontece uma recuperação devido a pressões sociais, tornado os bosques em atrativos turísticos e lugares de diversão. Contudo, as plantações de reflorestamento não substituem em nenhum caso o bosque, já que este é um ecossistema que leva décadas e em alguns casos séculos para se formar. O reflorestamento é, no melhor dos casos, um conjunto de árvores situadas segundo uma separação definida artificialmente, entre as quais surge uma vegetação herbácea ou arbustiva que não costuma parecer na floresta natural. No pior dos casos, se plantam árvores não nativas e que em certas ocasiões danificam o substrato, como ocorre em muitas plantações de pinheiro ou eucalipto. Uma conseqüência do desmatamento é o desaparecimento de absorventes de dióxido de carbono, reduzindo-se a capacidade do meio ambiente em absorver as enormes quantidades deste causador do efeito estufa, e agravando o problema do aquecimento global. Para tentar conter o avanço do aquecimento global diversos organismos internacionais propõem o reflorestamento, porém essa medida é apenas parcialmente aceita pelos ecologistas, pois estes acreditam que a recuperação da área desmatada não pode apenas levar em conta apenas à eliminação do gás carbônico, mas também a biodiversidade de toda a região.

Relações Ecológicas

As relações ecológicas são aquelas que se manifestam em diferentes populações de um ecossistema que pode ocorrer em indivíduos de uma mesma espécie ou não. Quando esta relação acontece em indivíduos da mesma espécie denomina-se relação específica e quando ocorre em indivíduos de espécies diferentes dá-se o nome de relação interespecífica.
As relações ecológicas ainda podem ser harmônicas se ambos os indivíduos obtiverem ganhos com a relação ou desarmônica se apenas um dos indivíduos é beneficiado com a relação. As relações harmônicas interespecíficas ocorrem em sociedades como as de formigas e abelhas e em colônias como as de crustáceos e protozoários enquanto as relações interespecíficas desarmônicas ocorrem quando há canibalismo, por exemplo, como é o caso da aranha viúva-negra e do louva-deus, comensalismo quando uma espécie utiliza outra como moradia como é o caso de orquídeas e bromélias.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Em virtude do solo salino e da deficiência de oxigênio, os manguezais predominam os vegetais halófilos, em formações de vegetação litorânea ou em formações lodosas.
Os manguezais são encontrados ao longo de todo o litoral brasileiro, onde as principais espécies vegetais encontradas são:
Rhizophora mangle (mangue vermelho) - próprio de solos lodosos, com raízes aéreas;
Laguncularia racemosa (mangue branco) - encontrado em terrenos mais altos, de solo mais firme, associado a formações arenosas;
Avicennia schaueriana (mangue preto, canoé)
Conocarpus erectus (mangue de botão)
mangue siriúba - típico de áreas inundadas.
A espécie Laguncularia racemosa merece destaque por ser a única espécie típica de mangue encontrada no Arquipélago de Fernando de Noronha, num único manguezal localizado na Baía do Sudeste.

A fauna
A biodiversidade dos manguezais se traduz em significativa fonte de alimentos para as populações humanas. Nesses ecossistemas se alimentam e reproduzem mamíferos, aves, peixes, moluscos e crustáceos, entendidos os recursos pesqueiros como indispensáveis à subsistência tradicional das populações das zonas costeiras. Entre essas espécies, destaca:

Aves
Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)
Carcará (Caracara plancus)
Colhereiro (Platalea ajaja)
Garça
Martim-pescador
Socó-dorminhoco

Mamíferos
Lontras
Golfinhos
Mão-pelada
Peixe-boi marinho

Répteis
Cobras
Crocodilos
Jacaré-de-papo-amarelo
Tartarugas
Lagartos

Peixes
Garoupa
Manjuba
Robalo
Sardinha
Tubarão-cabeça-chata

Invertebrados
Aranhas
Berbigões
Camarões
Caranguejo aratu (Caranguejo marinheiro)
Caranguejo guaiamum
Caranguejo-uçá
Chama-maré
Cracas
Lagostas
Mariposas
Mexilhões
Minhocas
Moscas
Mosquitos

Importância dos manguezais
Os manguezais desempenham importante papel como exportador de matéria orgânica para os estuários, contribuindo para a produtividade primária na zona costeira. Por essa razão, constituem-se em ecossistemas complexos e dos mais férteis e diversificados do planeta. A sua biodiversidade faz com que essas áreas se constituam em grandes "berçários" naturais, tanto para as espécies típicas desses ambientes, como para animais, aves, peixes, moluscos e crustáceos, que aqui encontram as condições ideais para reprodução, eclosão, criadouro e abrigo, quer tenham valor ecológico ou econômico.
Com relação à pesca, os manguezais produzem mais de 95% do alimento que o homem captura no mar. Por essa razão, a sua manutenção é vital para a subsistência das comunidades pesqueiras que vivem em seu entorno.
Com relação à dinâmica dos solos, a vegetação dos manguezais serve para fixar os solos, impedindo a erosão e, ao mesmo tempo, estabilizando a linha de costa.
As raízes do mangue funcionam como filtros na retenção dos sedimentos. Constituem ainda importante banco genético para a recuperação de áreas degradadas, por exemplo, como aquelas por metais pesados.

Utilização sustentável dos manguezais
Muitas atividades podem ser desenvolvidas no manguezal sem lhe causar prejuízos ou danos, entre elas:
Pesca esportiva, artesana e de subsistência, desde que se evite a sobrepesca, a pesca de pós-larvas, juvenis e de fêmeas ovadas;
Utilização da madeira das árvores, desde que se assegure a reflorestação;
Cultivo de ostras e outros organismos aquáticos;
Cultivo de plantas ornamentais (orquídeas e bromélias);
Criação de abelhas para a produção de mel;
Desenvolvimento de atividades turísticas, recreativas, educacionais e de pesquisa cientifica.

Exemplos de utilização sustentável no Brasil

O Manguezal do Itacorubi, na ilha de Santa Catarina, em Florianópolis, considerado um dos maiores mangues urbanos do mundo, possui passarelas e placas informativas para os seus visitantes. Atualmente essa não é a realidade do local, onde as passarelas encontram-se quebradas, com partes em madeira caídas dentro do próprio mangue e as placas informativas encontram-se pichadas e bastante deterioradas pela ação do tempo.
Na Reserva Extrativista da Costeira do Pirajubaé, a caminho do Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, é feita a coleta de berbigões pela população local